Depois de muito ler sobre o assunto, ver sua complexidade e as opiniões divididas sobre ele percebi que eu, sendo apenas uma caloura do curso de Nutrição, não tenho base suficiente pra dizer que sou ‘autora’ desse post.Resolvi, então, REPRODUZIR (SEM ALTERAÇÕES) trechos do estudo sobre a possibilidade de perda de peso com esse medicamento e de trechos de sites que achei pertinente explicando melhor todo o contexto no qual esse medicamento está inserido. Creio que esta é a melhor forma de expor o assunto: de forma impessoal e deixando que cada um possa ter sua opinião sobre ele.
Vamos lá?
"Artigo Original
International Journal of Obesity publicação online antes 16 de agosto de 2011; doi: 10.1038/ijo.2011.158
Segurança, tolerabilidade e perda de peso sustentada acima de 2 anos com a única diária GLP-1 humano analógico, liraglutide Aberto
Ter perda de peso demonstrado curto prazo com liraglutide neste grupo de adultos obesos, que agora avaliar a segurança / tolerabilidade (resultado primário) e eficácia a longo prazo para sustentar a perda de peso (resultado secundário) ao longo de dois anos.
Resultados:
Desde a randomização até 1 ano, liraglutide 3,0 mg perderam 5,8 destinatários kg (95 % intervalo de confiança 3,7-8,0) mais peso do que aqueles que receberam placebo e 3,8 kg (1,6-6,0) mais do que aqueles em orlistat ( P 0,0001; intenção de tratar , última observação realizada para a frente). No ano 2, os participantes de liraglutide 2,4 / 3,0 mg para a completa dois anos (grupo agrupados, n = 184) perdeu 3,0 kg (1,3-4,7) mais peso do que aqueles em orlistat ( n = 95; P <0,001). Completaram a liraglutide 2,4 / 3,0 mg ( n = 92) mantiveram uma perda de peso de 2 anos de 7,8 kg de rastreio. Com liraglutide 3,0 mg, 20 semanas de gordura corporal diminuiu de 15,4 % e de tecido magro de 2,0 % . As mais freqüentes efeitos secundários relacionados com droga foi de intensidade leve a moderada, transitória náuseas e vômitos. Com liraglutide 2,4 / 3,0 mg, a prevalência de 2 anos de pré-diabetes e síndrome metabólica diminuiu 52 e 59 % , com melhorias na pressão arterial e lípides.
Conclusão:
Liraglutide é bem tolerado, sustenta a perda de peso acima de 2 anos e melhora os fatores de risco cardiovascular. "Fonte:texto extraído, sem modificações, do site http://www.nature.com/ijo/journal/vaop/ncurrent/pdf/ijo2011158a.pdf
“O Victoza é o nome comercial do remédio que contém a substancia Liraglutida. Trata-se um remédio fabricado pelo laboratório Novo Nordisk, para o tratamento do diabetes tipo 2.Esse medicamento já foi lançado nos Estados Unidos no ano passado (2010), porém no Brasil foi lançado em apenas 3 meses e vem sendo muito usado como remédio para emagrecer, ação não recomendada."
Victoza para emagrecer?
“A edição de setembro da revista Veja mostrou como atua o remédio Victoza, contando a história de pessoas que usaram o remédio e emagreceram até 12 kg em cinco meses.
Um dos casos da reportagem da Veja foi o caso de Ana Paula Nogueira que nos últimos 10 meses, que já havia testado pelo menos vinte dietas anteriormente, então procurou sua endocrinologista que lhe recomendou oliraglutida (Victoza). E então, depois de 32 dias emagreceu 4,5 kg.”
“A revista mostra em seu artigo um estudo feito pelo International Journal of Obesity, que mostrou que o remédio não houve nenhuns malefícios para coração, dado que provoca baixos índices na pressão arterial, e também nenhum dano cerebral.”
Estudos feitos
“Estudos foram feitos em pacientes obesos de fase I e fase II, que não são diabéticos, e apresentaram poucos efeitos colaterais que se atenuam com o tempo. A perda de peso foi significativa, na média 7 kg. Estudos feitos em pacientes em fase III AINDA estão sendo feitos em muitos países, dentre eles o Brasil.”
“Mas na reportagem feita pela Veja não mostrou o fato de que os estudos foram feitos apenas em obesos, com IMC acima de 27, que tinha complicações como pré-diabetes, hipertensão arterial e dislipidemia. Outros pacientes com sobrepeso foram excluídos do estudo.”
“Os estudos ainda estão no começo e podem demorar pelo menos um ano. Somente depois disso é que o medicamento estará disponível para ANVISA dar seu parecer para comercialização como medicamento para emagrecer.”
Posição da Anvisa
“A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) esclareceu alguns pontos a respeito da matéria da Revista Veja.”
“Segundo a Anvisa, o medicamento é aprovado e registrado na mesma, desde 2010, porém seu uso é “adjuvante da dieta e atividade física” para conseguir um controle glicêmico para pacientes diabéticos millitus tipo 2. Num dos relatóris da Anvisa apresenta efeitos adversos ao uso do Victoza que são hipoglicemia, dores de cabeça, diarréia e vômito.”
"Outro ponto que a vale salientar, de que até o momento não existe nenhum estudo ou resultados apresentados a Anvisa, que garanta os efeitos do Victoza como agente emagrecedor.”
Efeitos Colaterais
“O uso moderado e adequado, quando administrado por médicos especializados, do Victoria tem trazido poucos efeitos colaterais, há queixas quanta a náuseas e dores de cabeça.”
Fonte:texto extraído, sem modificações, do site http://www.emagrecerdicas.com.br/remedios/victoza-liraglutida/
“Novo caminho para emagrecer”
23/10/2009
Fonte: O Globo
“Substância acelera perda de peso e com menos efeitos colaterais, indica teste Jeremy Laurence Do Independent “
“Voluntários que tomaram uma nova droga contra a OBESIDADE tiveram uma perda de peso considerável, de cerca de sete quilos, em 20 semanas, revelou uma pesquisa. A quantidade de peso perdida foi quase três vezes maior do que a de um grupo de controle e cerca de 50% maior do que a registrada em pacientes que foram tratados com um outro remédio, líder do mercado no tratamento da OBESIDADE.
A droga, chamada liraglutida, é a primeira de uma nova série de remédios contra a OBESIDADE que imitam a ação de um hormônio produzido naturalmente no intestino, reduzindo o apetite. Especialistas dizem que ela tem "grande potencial" porque reduz fatores de risco para diabetes do tipo 2 e doenças do coração.”
“Droga imita hormônio que sacia.”
“Os especialistas ressaltam, porém, que o alto custo do remédio - cerca de US$ 830, no mínimo, por um suprimento para seis meses - pode limitar o seu uso. A liraglutida obteve licenciamento no começo deste ano como tratamento para diabetes e os testes realizados até agora comprovaram a sua segurança.
No primeiro estudo sobre seus efeitos em pessoas obesas, sem diabetes, publicado na revista médica britânica "The Lancet", o remédio mostrou ser capaz de reduzir o peso significativamente, sem trazer efeitos colaterais.
O estudo foi conduzido com 564 adultos, com índice de massa corporal superior a 30 (obesos), tratados em 19 hospitais na Europa. Os voluntários foram colocados em uma DIETA contendo 500 calorias a menos do que o que precisavam diariamente, combinada com uma programação de exercícios, além do uso de liraglutida (em quatro doses diferentes) ou orlistat (conhecido como Xenical, o mais popular tratamento contra a OBESIDADE) e placebo.
Aqueles usando as doses mais elevadas de liraglutida (3mg) perderam, em média, 7,2 quilos em 20 semanas, comparados com aqueles que perderam 2,8 quilos com placebo e 4,1 quilos com orlistat. A liraglutida diminuiu a pressão sanguínea e melhorou o controle da glicose, reduzindo o risco de diabetes.
- Essa droga imita um hormônio liberado no intestino delgado depois que nos alimentamos - conta Arne Astrup, chefe do departamento de NUTRIÇÃO Humana da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, que conduziu a pesquisa.
- Ele faz com que o corpo pare de produzir mais insulina e diz ao cérebro que é hora de parar de comer.
O problema é que o hormônio é eliminado, através da corrente sanguínea, em poucos minutos. A droga tem moléculas que fazem com que esse processo seja mais persistente, durando um dia inteiro.
Os efeitos colaterais foram limitados à náusea e vômitos em alguns pacientes, facilmente controlados com a redução da dosagem.
- O remédio tem que ser administrado através de uma injeção, embaixo da pele, porque a droga poderia ser quebrada no intestino, mas os pacientes acharam esse processo simples, usando uma seringa em forma de caneta.
Astrup é um consultor pago pelo laboratório produtor do remédio e também um reconhecido pesquisador na área de OBESIDADE. Esse seu trabalho foi avaliado por outros pesquisadores.
- O fato de o remédio precisar ser administrado por injeção significa que a relação entre paciente e médico deve estar presente, não devendo ser usado por fins meramente estéticos - ressalta ele.
Remédios sozinhos não resolvem .ALIMENTAÇÃO adequada e atividade física são essenciais.
A chegada de um novo tipo de remédio contra a OBESIDADE vai chamar a atenção naturalmente, ainda mais tendo o aval de um renomado especialista e a publicação em uma respeitável revista médica.
Afinal, qualquer um que se arrisque a encarar uma segunda fatia de torta ou um duplo hamburguer terá interesse em uma droga que ajude a lidar com as consequências desses atos.
Mas não seria tolice creditar a salvação a apenas um remédio quando sabemos que a real resposta para essa questão inclui mudanças no estilo de vida, incluindo mais atividade física e menos junk food? A liraglutida pode ser a nova menina prodígio de uma batalha pela dominação de um mercado altamente lucrativo. Mas o sucesso dessas drogas redutoras de peso é limitado e a segurança de alguns dos remédios tem sido questionada. O Rimonabant foi retirado do mercado ano passado depois que foi ligado a distúrbios psiquiátricos e suicídios.E ele ficou à venda por dois anos, sendo usado por mais de cem mil pacientes só no Reino Unido.
Um outro medicamento, à base de dexfenfluramina, foi banido nos anos 90 depois que foi associado a sérios problemas nos pulmões e no coração.
A liraglutida teria vantagem sobre muitos desses remédios por não trazer efeitos colaterais.Mas o uso dessas drogas ainda divide opiniões.
O que podemos todos concordar é que é melhor prevenir os problemas do que depender da medicina para enfrentá-los. E sabemos o que fazer: andar, não dirigir, comer uma maça, não uma torta de maça. Esse é verdadeiro desafio (J.L.)”
Fonte:texto extraído, sem modificações,do site http://www.cfn.org.br/novosite/conteudo.aspx?IDMenu=215&IDConteudo=758
Por: Marília Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário